Ontem foi dia de me despedir de alguém que já foi embora. Como foi? Triste, óbvio! E se eu já andava reclamando da vida, domingo foi dia de reclamar ainda mais.
Mas enfim nos encontramos novamente, a música não me saiu da cabeça um minuto sequer, repetiasse na minha mente como um disco arranhado tocando em uma velha vitrola. Confesso que a cantarolei baixinho quando pude ficar perto dele sozinha.
Sua mulher me olhou por cima do ombro (sim, ele era casado, mas não era casado quando nos conhecemos), talvez tenha se perguntado o que eu fazia alí (sim, ela me conhecia e conhecia a nossa "história"), mas me respeitou e respeitou o meu espaço.
Não demorei, não fiquei até o final. Agradeci a Deus por ter aprendido a pronunciar corretamente o espanhol da nossa música favorita e por ter tido a oportunidade de cantar para ele em uma tarde nublada de um domingo triste, exatamente como ele fez pra mim tantas e tantas vezes.
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